quarta-feira, 27 de outubro de 2010

1/2

Então ,começou assim : pelo meio da folha, no fim de um caderno em branco. Pois sim ,lá ela cabia; lá o cheiro adocicado de solidão lhe era aconchegante.
Pena que ,conforme seu vazio aumentasse ,permitia que sua caneta chorasse as faltas de suas páginas ,sua vida.
Era fraca ,coitada ,e não suportava a si mesma por muito tempo.
Logo fechava o caderno ,sem terminar o versos mudos que há tempos ensaiara.
O depois era tanto faz. Choraria ,dançaria ,ou se procuraria nos rostos criados pelo e para o espelho.
Coitada.
Mas entenda ,ela quer viver...
Quer saber como é ter sangue.
Quer sentir . Quer ser.
Quer ser humana...
coitada...

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